terça-feira, 4 de março de 2014

A BONITA ESTRADA DA GRACIOSA

A BONITA ESTRADA DA GRACIOSA
Esta estrada fica no Paraná, sul do Brasil. 
Resolvi falar desta estrada de grande valor histórico, porque passo por ela, praticamente todos os finais de semana e gosto sempre, não me canso de passar por ela.   Sempre tem novidades, uma bromélia no alto das árvore que soltou uma flor, um pássaro diferente, tem o tempo das borboletas azuis, das hortênsias, das árvores de flores amarelas, depois as de flores brancas e orquídeas lindas. Vou sempre de Curitiba até Morretes. Moro lá, em Morretes, de sexta à domingo.
Por 100 anos a Estrada da Graciosa foi a única ligação do litoral ao planalto (Curitiba), até metade do sec XX. Era rota de indígenas e tropeiros, a Trilha da Graciosa.  Atravessa a Mata Atlântica muito bem preservada. Foi declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. É também a PR 410. Eis aí o portal de entrada para Graciosa.


Pelo caminho, rios com pedras, água cristalina, fria, ás vezes muito fria. Mas no verão é o deleite dos turistas.
Este é o Morro do Sete, chamado assim pelas ranhuras que tem nas rochas do topo da montanha que lembram o número 7.  É lindo, não me canso de olhar para ele.

Em alguns trechos é asfaltada, mas em sua maior parte é calçada por paralelepípedos

    As primeiras noticias sobre a Trilha da Graciosa são do século XVIII. Foi concluída em 1873, sendo a única estrada pavimentada do Estado. 

Foi importante rota da produção agrícola (erva mate, café e madeira) rumo ao Porto de Paranaguá e do Porto de Antonina. Sem dúvida a Estrada ativou a economia do Estado, principalmente ervateira e facilitou a comunicação entre o litoral e o primeiro planalto. Hoje é proibido o trafego de caminhões por aqui.

Engenheiros analisaram muito as condições e vantagens para se construir ali nesta trilha a estrada. Quantidade de rochas, possibilidade de receber sol, quantidade de curvas e ziguezagues de difícil execução. Tudo foi muito bem planejado, por exemplo o sistema de escoamento de águas. A tecnologia foi empregada desde o princípio.

Ao longo da rodovia são encontrados recantos com estrutura de lazer (churrasqueiras, sanitários, mirantes, rios, cachoeiras).

 Os ciclistas dividem a rodovia com os carros. São atletas em seus treinos para as competições.
Nos finais de semana, parece que a metade da população de Curitiba desce pela Estrada, para descansar, banhar-se nos rios e fazer seu churrasco com a família. É preciso ir bem cedo para conseguir um bom espaço para se acomodar. 
Em dias chuvosos, acidentes podem acontecer. Há que se ter cuidado, principalmente em estrada estreita e  de pedra.





         Ponte de aço sobre o Rio Mãe Catira, antiga estrada de ferro.

Hoje o movimento de turistas é tão grande nos finais de semana, que foi necessário colocar um semáforo na ponte sobre o Rio Nhundiaquara, uma vez que só passa um carro por vez.
O Rio Nhundiaquara  já foi navegável, descendo até o mar em Antonina.
Porto de Cima está  localizada às margens do Rio Nhundiaquara, cidade minúscula, mas que dava guarida para os tripulantes dos barcos que navegavam pelo rio. Até hoje recebe hóspedes na Pousada Dona Siroba. É também passagem para Morretes. Aguardem postagem sobre Morretes


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