A partir de Borda do Campo, Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba tem início o Caminho do Itupava que se estende pela Mata Atlântica até o litoral em Porto de Cima, próximo a Morretes.
Caminhantes se aventuram nesta trilha calçada de pedras, na maioria roliças e muito lisas devido a umidade natural dentro do mato. A Mata aqui é exuberante e o canto dos pássaros causam encantamento.
Pelo caminho novidades. Rios e riachos. Em alguns deles o jeito é passar por dentro deles na água ou atravessar por cima das pedras lisas. Cachoeirinhas e cachoeiras maiores. Morros. Flores pelo caminho e pedras, muitas pedras e mais pedras.
Este caminho tem uma história. É um dos primeiros ou o primeiro, construído para ligar o planalto ao litoral do Paraná. Tropeiros passavam por aqui com suas mulas carregadas de mercadorias ou a pé com suas mochilas. Em 1720 a calçada foi sendo construída aos poucos com pedras extraídas dos riachos próximos. Hoje ela serve como lazer para os que gostam de aventuras e amantes da natureza. É caminhada para um dia inteiro. Eu diria que precisa ter algum preparo físico. Há que se ter cuidado pois é uma trilha com obstáculos. Algumas árvores estão caídas no caminho e é necessário passar por cima ou por baixo delas.
A trilha atravessa pela ferrovia por duas vezes. Na Casa do Ipiranga e no Santuário N.Sra. do Cadeado.
Outra novidade é a Casa do Ipiranga que quando menos se espera o caminhante se depara com as ruínas desta casa no estilo colonial que foi construída por volta de 1880 e 1885, que fica no cruzamento do Caminho do Itupava e às margens da ferrovia Curitiba - Paranaguá. Alguns citam como sendo também a Casa de Dom Pedro II, porém não há relatos oficiais sobre o fato . O que se sabe é que era usada pelo engenheiro chefe da ferrovia e depois usado pelo Clube da Reserva de Engenheiros e até pelo pintor Alfredo Andersen.
E logo ali a uns 200 metros nos deparamos com o que foi a usina hidrelétrica do Rio Ipiranga. Esta usina abastecia com energia a Casa do Ipiranga, devido ao volume e força de suas águas.
Infelizmente a Casa foi destruída por vândalos e a hidrelétrica também está em ruínas.
Morro do Pão de Loth. Há quem escale e acampe por aqui
Hoje o caminho está estreito pelo avanço do mato
Onde era a Usina hidrelétrica
E as Ruínas
E lá vem a litorina ( trem de turismo Curitiba - Morretes)
A mata está bem preservada
A aventura é garantida. Nos descuidos alguns tombos. Por isso recomenda-se calçados adequados com solado saliente, pouca bagagem, um cajado sempre ajuda, e comidas fáceis de consumir e carregar. Até porque depois o Barreado, comida típica do litoral, em Porto de Cima te espera. Acho que vou voltar !
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